VOCÊ CONHECE O QUE É OBSESSÃO?
TALVEZ? SIM? NÃO? NUNCA VIU? DEUS TE LIVRE?
Essa é uma situação que ocorre exatamente a cada segundo no mundo material Vs espiritual.
A seguir vamos discutir e esclarecer alguns pontos, talvez os mais criticos, sobre obsessão, suas causas e tipos.
Entre, arrume um lugar e reflita sua vida!
"Mas quando o espírito não purificado tiver saído do homem perambula por lugares áridos, buscando repouso, e não o acha.Então diz: "Voltarei para minha casa donde saí", E ao chegar, encontra-a desocupada, varrida e arrumada.Vai, então, e leva consigo sete outros espíritos piores que ele, e ali entram e habitam, e a condição posterior desse homem Torna-se pior que a anterior. Assim acontecerá também a esta geração má".
Mateus 12:43-45
Na interpretação vulgar, entendemos a advertência como relativa às obsessões, devendo ter sido dada em conexão com algumas das libertações de obsessores, executada por Jesus, e talvez a mais recente, a do cego mudo.
O obsessor - espírito não purificado e, por conseguinte, não esclarecido (mas não se use o termo contundente e descaridoso "imundo": afinal é um "espírito" filho de Deus, como nós!) - liga-se a uma criatura por quem sente ódio e sede de vingança. Ora, o ódio é o desequilíbrio de um amor, frustrado por qualquer motivo: e quanto maior o amor, mais fundo o ódio. Uma vez ligado fluidicamente à criatura - ou, na linguagem evangélica. "tendo entrado nele" - o obsessor passa a usufruir de todas as sensações e emoções da vítima, ao mesmo tempo que lhe injeta todas as suas próprias sensações, emoções e pensamentos, estabelecendo-se, assim, tenebroso, intercâmbio de vibrações barônticas, muito desagradáveis para o encarnado, embora aprazíveis para o perseguidor.
As obsessões são idéias ou imagens que vem à mente da pessoa repetidamente, de maneira insistente e independentemente de sua vontade. Os temas dessas idéias obsessivas podem ser extremamente variados, entretanto, em grande número de vezes dizem respeito à higiene, contaminação, transmissão de doenças, bactérias, vírus, organização de coisas, catástrofes, desastres, pecado, incertezas, etc. Embora a pessoa ache esses pensamentos incômodos e absurdos, não consegue evitar de pensá-los.

- Doenças nervosas e mentais de causa orgânica, pertencentes ao campo da Neurologia.
- As doenças nervosas e mentais de causa orgânica, pertencentes ao campo da Psiquiatria.
- As doenças nervosas e mentais sem causa orgânica.
No campo da Neurologia temos os fatores que atingem a estrutura do sistema nervoso, tais como as infecções, as formações tumorais, os acidentes vasculares, os traumatismos etc.
Ao campo da Psiquiatria, os distúrbios provocados por agentes agressores do sistema nervoso, verificados na uremia, nos focos infecciosos, nas intoxicações de várias naturezas, nas toxicomanias, no alcoolismo, nos distúrbios metabólicos etc.
Às doenças nervosas e mentais sem causa orgânica damos o nome genérico de obsessão, que podemos dividir em auto e hetero-obsessão*.
* Caracterizada pela ação persistente que um espírito desequilibrado exerce sobre o indivíduo. Apresenta caracteres muito diversos, desde a simples influência moral, sem perceptíveis sinais exteriores, até perturbação completa das faculdades mentais. Intimamente ligada à imperfeição moral, que facilita a ação do espírito, em geral, sequioso de vingança e cheio de ódio, devido a ação delituosa que sobre ele exerceu o paciente, no pretérito.
"Nós não somos seres humanos tendo uma experiência espiritual. Somos seres espirituais tendo uma experiência humana"
(Teillard de Chardin)
Clinicamente é difícil o diagnóstico diferencial entre auto e hetero-obsessão, mesmo porque a atuação do espírito do obsedado é sempre existente e continua mesmo após a cessação do processo obsessivo. A não ser que o médico ou o encarregado do atendimento ao paciente tenha mediunidade intuitiva ou vidência bem desenvolvida, mister se faz uma consulta ao plano espiritual, através de um médium de confiança.
O dr. Inácio Ferreira, diretor do Sanatório Espírita de Uberaba, em sua obra Novos Rumos à Medicina, 1° volume, traz comovente dedicatória a Maria Modesto Cravo, a grande médium que o auxiliou durante vários anos, no diagnóstico e tratamento das obsessões.
O processo obsessivo, sendo sobretudo, processo hipnótico, não guarda estrita relação com a mediunidade. Sendo porém, esta mal orientada e em pessoas de maus costumes e de baixa moral, o campo de ação do obsessor se acha facilitado (KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns, cap. XXIII, item 243).
O processo obsessivo, sendo sobretudo, processo hipnótico, não guarda estrita relação com a mediunidade. Sendo porém, esta mal orientada e em pessoas de maus costumes e de baixa moral, o campo de ação do obsessor se acha facilitado (KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns, cap. XXIII, item 243).
Ocorre que, quando, por ação externa, o espirito é desligado de sua vítima, se vê coagido a permanecer pervagando no plano astral que, mutável como é , apresenta a cada entidade o aspecto condizente com sua evolução. Em se tratando, pois de entidades não evoluídas, a ambiência astral manifesta-se como a exteriorização da imaginação de cada um: região ainda inóspita, árida ("sem água"), cansativa porque sem postos fixos de referencia, já que é instável, onde o "espírito" não encontra repouso, porque sua desorganização mental faz que aí os sítios se modifiquem a cada alteração do pensamento. O repouso (ou paz) só poderia provir de seu próprio âmago, de seu coração: e justamente aí reside a insatisfação frustrada e a rebeldia inconformada, que se projetam no intelecto, o qual, ao pensar, plasma os ambientes pavorosos em seu redor.
Quando, porém, se vê desligado da vítima e aliviado das pressões fluídicas que o expulsaram daquele posto avançado da luta em que vivia empenhado, se sente descontrolado e confuso e tenta voltar. Ao chegar. novamente atraído pela sintonia vibratória - alguns obsidiados registram sensações desagradáveis pela ausência do peso do perseguidor a que estavam habituadas, e esse "vazio" faz que subconscientemente de novo o atraiam para junto de si - percebe que há dificuldade em influenciar a antiga vítima: a "casa" está "desocupada, varrida e arrumada". Significa isso que a personagem visada já se corrigiu de alguns defeitos colocou em ordem suas emoções, reequilibrando sua aura e se libertou das falsas imagens sugeridas pelo perseguidor espiritual. Talvez, até, tente injetar-lhe novos quadros astrais inferiores, sem encontrar ressonância: perdeu: a antiga ascendência.
Regressa, então, descorçoado, mas não desanima de seus objetivos. Consegue, nas rodas de entidades semelhantes a si, outros sete "piores que ele".
A decepção com a evolução de quem ele considera seu inimigo, faz nele crescer proporcionalmente a raiva e o desejo insano de derrubá-lo do ponto atingido, e não aceita obstáculos a seu ódio implacável. Ao lado dos sete novos "amigos", e já a eles subjugado porque devedor de um obséquio que será cobrado até o último centavo e mais os "juros" - embora eles só aceitem a empreitada quando vêem possibilidades de auferir boas vantagens de baixo teor - o ataque é renovado. E a condição última torna-se pior que a anterior.
Jesus termina prevendo e predizendo que assim aconteceria aquela geração má - ou melhor, "enferma" (ponerá) - que não está assimilando a profundidade de Seu ensino.
Há outra interpretação: após a "conversão" de uma criatura, do materialismo ou da descrença, à espiritualidade, verificamos que foi dela expulso um "espírito atrasado": o da dúvida. Mas logo depois, com a "casa vazia, limpa e arrumada", surgem outros sete espíritos piores, que são: a vaidade de ter alcançado aquela compreensão; o convencimento de sua capacidade pessoal em melhorar; o orgulho de haver galgado um passo a mais na evolução: a auto-satisfação da crença de que realmente é um eleito; a pretensa superioridade que o faz acreditar-se melhor que "os outros"; a arrogância que descaridosamente despreza os outros pecadores; e o pior de todos, a invigilância que se supõe infalível em suas opiniões, em seus julgamentos, em suras condenações.
Esses sete espíritos piores - muito piores - que o materialismo e a descrença, passam a morar naquele indivíduo, cujo estado se tornou muito mais grave do que antes. Huberto Rohden tem uma frase que descreve bem esse caso tão típico e, infelizmente, tão comum nos espiritualistas de qualquer religião. "Livre-me Deus de minhas virtudes, que de meus vícios eu me livrarei".
No entanto, a última frase profética de Jesus, relatada por Mateus, e que amplia o conceito do individuo para a coletividade, abre-nos o horizonte para uma terceira interpretação. Diz "e assim acontecerá a esta geração"
Sob o ponto de vista global, podemos afirmar que as causas da obsessão se alicerçam em nossas imperfeições, quais sejam: vícios, paixões exacerbadas, perversões sexuais, crimes, ganância, apegos excessivos à pessoas e objetos, que nos colocam em estado de sintonia vibratória com os espíritos desencarnados em função da afinidade moral, estando então o Ser sujeito a reajustes e resgates específicos.
Na visão de Emmanuel e Scheila, apresentadas através das obras psicografadas por Francisco C. Xavier, as possíveis causas de obsessão são:
- a cabeça e mãos desocupadas;
- a palavra irreverente;
- a boca maledicente;
- a conversa inútil e fútil, prolongada;
- a atitude hipócrita;
- o gesto impaciente;
- a inclinação pessimista;
- a conduta agressiva;
- o apego demasiado a coisas e pessoas;
- o comodismo exagerado;
- a solidariedade ausente;
- tomar os outros por ingratos ou maus;
- considerar nosso trabalho excessivo;
- o desejo de apreço e reconhecimento;
- o impulso de exigir dos outros mais do que de nós mesmos;
- fugir para o álcool ou drogas estupefacientes.

Na análise do Livro dos Médiuns, feita por Ney Prieto Peres (Boletim MEDNESP n.º 2 – dezembro de 1992), são apontadas as seguintes causas de obsessão:
- vingança de espíritos contra pessoas que lhes fizeram sofrer nessa ou em vias anteriores;
- Desejo simples de fazer os outros sofrerem, por ódio, inveja, covardia;
- Para usufruir dos mesmos condicionamentos que tinham quando na vida física, induzem seus afins a cometê-los;
- Apegos às pessoas pelas quais nutriam grandes paixões quando em vida;
- Por interesses em destruir, desunir, dominar, provocar o mal, manter distúrbios, partindo de espíritos inteligentes das hostes inferiores.
Na avaliação de nosso mentor espiritual André Luiz (Evolução Em Dois Mundos, psicografado por Francisco C. Xavier, 11ª edição, 1989, pg. 130) caminhamos pelo universo “sentidos e reconhecidos pelos nossos afins, temidos e hostilizados ou amados e auxiliados pelos irmãos que caminham em posição inferior à nossa. Isto porque exteriorizamos, de maneira invariável, o reflexo de nós mesmos, nos contatos de pensamento a pensamento, sem necessidade das palavras para simpatias ou repulsões fundamentais.” O mesmo mentor, (Mecanismos da Mediunidade – Francisco C. Xavier – Waldo Vieira, 13ª edição, 1994, pg., 82-83) nos diz “É o pensamento contínuo fluxo energético, incessante, revestido de poder criador inimaginável, (...). A corrente mental, segundo anotamos, vitaliza particularmente todos os centros da alma e, consequentemente todos os núcleos endócrinos e junturas plexiformes da usina física, em cuja urdidura dispõe o Espírito de recursos para os serviços da emissão e recepção ou exteriorização dos próprios pensamentos e assimilação dos pensamentos alheios.”
“Cobrança que bate às portas da alma, é um processo bilateral. Faz-se presente porque existe de um lado o cobrador, sequioso de vingança, sentindo-se ferido e injustiçado, e de outro o devedor, trazendo impressas no seu perispírito as matrizes da ; culpa, do remorso ou do ódio que não se extinguiu”.
(SCHUBERT, Sueli Caldas. Obsessão, Desobsessão, pág. 31).
(SCHUBERT, Sueli Caldas. Obsessão, Desobsessão, pág. 31).
NO PRÓXIMO POST VEREMOS OS TIPOS DE OBSESSÕES E SUAS VARIAÇÕES.
2 coisas ditas ...:
Muito interessante esta abordagem ,uma linguagem bem simples e eficiente para entendermos melhor sobre o assunto tratado ...parabens.
Parabéns pela postagem lipe. Ficou muito boa, bem didática, continua postando porque vc sabe que sou fã do que vc escreve aqui né? Me ajuda a entender bastante coisa!
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