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domingo, 6 de março de 2011

OBSESSORES - UMA REALIDADE (DES) CONHECIDA - PARTE II

OBSESSÃO E OS TIPOS DE AÇÕES.
conheça melhor os tipos e maneiras de ações obsessivas.


Obsessão espiritual
compreendendo melhor...

Nas últimas décadas a obsessão espiritual vem grassando na Terra, cada vez mais e mais, causando perturbações e sofrimentos os mais variados. Ela é, certamente, uma doença, só que é doença da alma, ou melhor, a nossa alma é que favorece as condições necessárias para as obsessões poderem se instalar.
Mas, o que é uma obsessão? É o domínio que um espírito exerce sobre alguém. Esse domínio ocorre em variados graus, desde os mais leves até aqueles que vão da fascinação à subjugação, podendo chegar à possessão.
Conforme explica Allan Kardec, o codificador do Espiritismo, “A obsessão é uma ação permanente que um espírito mau exerce sobre um indivíduo”.
É uma ação permanente e não esporádica, em que o espírito perseguidor permanece junto ao obsidiado, usando todos os recursos que conhece e dos quais consegue lançar mão, para alcançar o que pretende.
A ação obsessiva é exercida por um espírito que, nessa ação, está sendo mau; não é exercida por um espírito bom, ou mesmo por um “sofredor”, porque é uma ação maléfica, visando geralmente vingança.
A obsessão espiritual, na qualidade de doença ainda não catalogada nos tratados de patologia médica (a medicina clássica por se estruturar numa visão cartesiana, puramente organicista do ser, não leva em consideração a existência da alma, do espírito) é um dos mais antigos flagelos da humanidade, prolongando-se, portanto, há milênios. Mas por quê?
Partindo do princípio que somos seres em evolução (estamos todos subordinados a uma das Leis Universais, a Lei da Reencarnação. Mesmo não querendo reencarnar, o ser terá que reencarnar, exceto aqueles que já se libertaram do ciclo cármico; nesses casos, terão o livre-arbítrio de escolher se querem reencarnar ou não), obviamente em vidas passadas praticamos atrocidades, barbáries, prejudicando os nossos semelhantes (é importante ressaltar que o véu do esquecimento não nos deixa lembrar o que fizemos no passado) e, com isso, criamos inimigos, espíritos obsessores.
Desta forma, enquanto o ser humano alimentar sentimentos de ódio e vingança, a obsessão espiritual continuará existindo.

Portanto, a obsessão espiritual como enfermidade da alma, merece ser estudada de forma séria e aprofundada para que possamos melhorar a qualidade de vida do enfermo.
É conhecida da maioria das pessoas, que a influencia espiritual obsessora se dá de um desencarnado para um encarnado. Porém, há seis formas de obsessão espiritual:

1) Desencarnado para encarnado: Aproveitando-se do estado de invisibilidade, o espírito obsessor exerce sua ação nociva no obsidiado, manipulando seu campo de energia de diversas formas possíveis e inimagináveis, usando armas espirituais (artefatos fluídicos, portanto, não detectáveis por nenhum aparelho médico terreno sofisticado, como a ressonância magnética), parasitas, energias semeadas, chegando a criar doenças graves no encarnado com febres, inflamações, dores e outros sintomas orgânicos, confundindo assim o raciocínio do médico e dificultando o tratamento adequado.

2) Encarnado para desencarnado: Há casos de encarnados, que durante o sono, em espírito (desdobrados), vão atrás do desencarnado para vigiá-lo e/ou prejudicá-lo no astral inferior (trevas), por estarem dominados por sentimentos de ódio, revolta e vingança.

3) Desencarnado para desencarnado: É comum as pessoas recordarem de uma vida passada em que após o seu desencarne, se encontrou no umbral (trevas) com o(s) seu(s) desafeto(s) e travou com ele(s) um embate espiritual.

4) Obsessão recíproca: É aquela que em várias encarnações se vêem como obsessora e obsediada (então sem grau de parentesco).

5) Auto-obsessão: Kardec, o codificador do Espiritismo, dizia: O homem não raramente é obsessor de si mesmo. Alguns estados doentios e certas aberrações que se lançam à conta de uma causa oculta, derivam do Espírito do próprio indivíduo.
São doentes da alma, obsessores de si mesmos atormentados pelos seus próprios pensamentos negativos, doentios.

6) Encarnado para encarnado: São pessoas obsediando pessoas em todas as relações humanas: Pais e filhos, irmãos, marido e mulher, sogra e nora, chefe e funcionário, etc.
Entre pais e filhos, cria uma verdadeira simbiose parasitária, como se ambos fossem um único organismo, tal o grau de dependência mútua.
Nesses casos, o cônjuge exerce na vida do paciente aquilo que uma droga exerce nos viciados. É a dependência afetiva. No trabalho, a obsessão espiritual se manifesta naquele chefe que persegue sistematicamente de todas as formas possíveis, humilhando, torturando psicologicamente o funcionário para minar, acabar com a sua auto-estima e a autoconfiança.





O que é Obsessão?
A Obsessão é o domínio que alguns Espíritos adquirem sobre outros, quer encarnados ou desencarnados, provocando-lhes desequilíbrios psíquicos, emocionais e físicos É uma espécie de constrangimento moral de um indivíduo sobre outro. Pode ser de encarnado para encarnado, encarnado para desencarnado, desencarnado para encarnado e desencarnado para desencarnado. Essa influência negativa e irracional traz para as pessoas problemas diversos, o que as tornam enfermas da alma, necessitando de cuidados, como toda doença. Normalmente se faz tratamento das obsessões em centros espíritas kardecistas sérios.
Se a Obsessão é uma doença da alma, quais são seus sintomas?
A obsessão apresenta sintomas tais como: angústia, depressão, perturbação do sono (insônia ou pesadelos), mau humor, desinteresse pelo estudo ou pelo trabalho, isolamento social, pensamentos suicidas, desregramento sexual etc. Não se segue daí, que se conclua que todos os portadores desses sintomas estejam obsediados. Há diversas outras causas, conhecidas da ciência médica, que podem provocar sintomatologia semelhante.

E como se pode tratar essa doença espiritual?
A obsessão, sendo uma doença da alma, deverá ser curada definitivamente com a melhoria do indivíduo no campo moral e intelectual. O Espiritismo (doutrina de Allan Kardec) oferece tratamento seguro para essas doenças, pois trata o problema abordando os dois lados da vida. Se for um Espírito desencarnado, ele será chamado por meio de evocações particulares, nas reuniões sérias de intercâmbio espiritual, para uma conversa e conscientização do mal que está praticando. Do lado do encarnado, se cuidará de tratar com a evangelização (moralização) e pela fluidoterapia (aplicação de passes), levando-o ao entendimento do que precisa fazer para libertar-se do mal.

Como o Espírito recém-desencarnado recebe um novo envolvimento amoroso de sua esposa, ainda encarnada no mundo material? Ele não o aceita? Poderá interferir nessa relação? Há um tempo de espera, para que o cônjuge encarnado possa ter novo relacionamento sem magoar quem já desencarnou?
Quando o Espírito se desprende da carne, ele entra em uma outra dimensão de vida que é a vida espiritual. Lá, terá um nova percepção das coisas, tendo um raciocínio mais livre, mais pleno, pois não está mais confinado aos limites da matéria. Compreende que viverá outros aprendizados e que os afetos deixados na vida terrena igualmente terão também experiências necessárias ao progresso individual e coletivo. Entretanto, se ele for um Espírito pouco adiantado, permanecerá preso ao seu mundo mental, vivenciando as situações que vivia quando em vida, principalmente se cultivou paixões e sentimentos de posse exacerbados.
Poderá com isso sofrer, se seus entes queridos agem com desinteresse afetivo por ele, se entram em disputa por heranças ou mesmo se seus "amores" interessam-se por outras pessoas. Poderá interferir na vida das pessoas, muitas vezes originando processos obsessivos.
Neste caso, deve-se procurar ajuda espiritual numa casa espírita kardecista, para que o problema seja devidamente equacionado. Claro, essas situações de perturbações são de exceção. Normalmente o que se observa é a compreensão por parte de quem partiu. Não há um tempo específico que seja adequado para que se tenha novo envolvimento amoroso. Vai depender da situação de cada criatura. Nas relações verdadeiras, sinceras e duradouras, geralmente quando um parte o outro permanece um bom tempo sem que encontre substituição em seu coração, quando não opta por permanecer sozinho. Entretanto, nas relações difíceis, que são maioria esmagadora no planeta, a perda não se constitui em problema. Todas essas coisas são regidas pelos sentimentos. O tempo, neste caso, é o que menos importa.

Gostaria de saber como se identifica uma obsessão de encarnado para desencarnado. E como se livrar disso?
Sabe-se que a obsessão é uma espécie de constrangimento de um Espírito sobre outro e que isso se dá através da lei das afinidades espirituais (vide pergunta 42). Portanto, as influências ruins podem partir dos encarnados para os desencarnados também. Geralmente isso acontece nas situações onde entre os dois indivíduos existe uma relação em desequilíbrio, tanto de "amor" quanto de "ódio". Pode parecer estranho que se afirme que relações de amor possam gerar processos obsessivos, mas o amor desmedido e possessivo entre duas pessoas (mesmo que seja entre mãe e filho), geram desequilíbrios os mais diversos. Se um deles desencarna é claro que o sentimento permanece o mesmo, a menos que um deles venha a se libertar dele através do esclarecimento. Da mesma forma nos casos de pessoas que desencarnam deixando heranças em que os herdeiros ficam insatisfeitos e não tinham boa relação de afeto com o desencarnado, gerando condições fluídicas mórbidas que envolvem os dois planos. A única forma de se livrar desses problemas é buscando o esclarecimento, procurando uma casa espírita que tenha experiência nesse tipo de atendimento. O tratamento espiritual, esclarecendo os envolvidos no processo, aliado à mudança de postura do indivíduo é a chave para os problemas espirituais de toda ordem.

A depressão pode estar relacionada com obsessão? Como?
Os processos obsessivos moderados e graves levam quase sempre a um estado mórbido mental, que favorece enormemente os estados depressivos, com toda a sintomatologia que esta doença produz. Entretanto, nem todos os quadros depressivos podem ser atribuídos às influências espirituais. Existem mecanismos orgânicos, decorrentes de falhas em sínteses hormonais que explicam cientificamente a depressão. Evidentemente que mesmo nesses casos, pode haver influenciação espiritual por conta da atitude mental da criatura, embora não seja esse o agente causador do processo.

Há a possibilidade de ocorrer uma auto-obsessão, ou seja, de uma pessoa encarnada ser obsediada por ela mesma?
Sim, há essa possibilidade e não é rara. São pessoas que se encontram numa condição mental doentia, atormentando-se a si mesmo. Vivem em um mundo de desarmonia interior e buscam culpar tudo o que há em sua volta, gerando cada vez mais sofrimentos para si mesma e para quem com ela convive. As causas geralmente residem nos problemas anímicos do indivíduo, ou seja, nos seus próprios dramas pessoais. São traumas, remorsos, culpas e situações provindas do seu mundo íntimo e que prejudicam sua normalidade psicológica. Certamente, por conta de sua atitude mental, entram em sintonia com ambiente espiritual de igual teor, o que agrava o quadro, embora não seja esta a causa determinante da enfermidade. Além da evangelização espírita, costumam-se beneficiar-se enormemente com as psicoterapias, no que devem ser estimulados.

Uma convulsão poderá ser sintoma de uma obsessão?
Geralmente as convulsões não são sintomas de obsessão (embora ela possa aparecer associada à enfermidade). As convulsões propriamente ditas são ocasionadas por falhas na estrutura orgânica do homem e necessita de tratamento médico especializado. As alterações do sensório ocasionadas por influências espirituais, não configuram convulsões com o cortejo clínico estudado pela ciência médica terrena. Portanto, há que se ter cautela ao lidar com pessoas que tem crises convulsivas e que querem tratar-se nas casas espíritas. Elas podem ser portadoras de enfermidade epiléptica e necessitam de avaliação médica. Crises de subjugação possuem algumas características das crises epilépticas, mas são bem diferentes. Na epilepsia quase sempre o paciente perde a consciência e desfalece, com movimentos motores involuntátios. Na crise de subjugação, não! Observa-se brusca mudança de comportamento e o perturbado pode cair ao chão, porém, não desfalece e comporta-se como se fosse uma outra pessoa.

Como devemos proceder junto a uma pessoa que está sob o império da fascinação?
Casos de fascinação são muito comuns entre encarnados, e mesmo dentro das casas espíritas que endeusam seus médiuns ou dirigentes. Antes de concluirmos se uma pessoa está sendo vítima da terrível fascinação, é preciso pesar na balança do bom senso. Levemos o problema ao exame de sociedades idôneas, que não estejam sob o domínio das nossas idéias, para opinarem. Se tivermos certeza da obsessão, devemos procurar orientar aquele que padece. Havendo abertura, temos que ir esclarecendo o enfermo aos poucos, fazendo-o ver a presença da má influência. O que acontece na maioria das vezes, é a existência. O espírita é orgulhoso e, geralmente, não aceita que esteja mal assistido. Nestes casos, o melhor é deixá-lo nas mãos da influência em que se compraz. Só aprenderá com a dor.
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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

OBSESSORES - UMA REALIDADE (DES) CONHECIDA

VOCÊ CONHECE O QUE É OBSESSÃO?
       TALVEZ? SIM? NÃO? NUNCA VIU? DEUS TE LIVRE?

Essa é uma situação que ocorre exatamente a cada segundo no mundo material Vs espiritual.
A seguir vamos discutir e esclarecer alguns pontos, talvez os mais criticos, sobre obsessão, suas causas e tipos.

Entre, arrume um lugar e reflita sua vida!




 "Mas quando o espírito não purificado tiver saído do homem perambula por lugares áridos, buscando repouso, e não o acha.Então diz: "Voltarei para minha casa donde saí", E ao chegar, encontra-a desocupada, varrida e arrumada.Vai, então, e leva consigo sete outros espíritos piores que ele, e ali entram e habitam, e a condição posterior desse homem Torna-se pior que a anterior. Assim acontecerá também a esta geração má".

Mateus 12:43-45 

  

 Na interpretação vulgar, entendemos a advertência como relativa às obsessões, devendo ter sido dada em conexão com algumas das libertações de obsessores, executada por Jesus, e talvez a mais recente, a do cego mudo. 

O obsessor - espírito não purificado e, por conseguinte, não esclarecido (mas não se use o termo contundente e descaridoso "imundo": afinal é um "espírito" filho de Deus, como nós!) - liga-se a uma criatura por quem sente ódio e sede de vingança. Ora, o ódio é o desequilíbrio de um amor, frustrado por qualquer motivo: e quanto maior o amor, mais fundo o ódio. Uma vez ligado fluidicamente à criatura - ou, na linguagem evangélica. "tendo entrado nele" - o obsessor passa a usufruir de todas as sensações e emoções da vítima, ao mesmo tempo que lhe injeta todas as suas próprias sensações, emoções e pensamentos, estabelecendo-se, assim, tenebroso, intercâmbio de vibrações barônticas, muito desagradáveis para o encarnado, embora aprazíveis para o perseguidor.

As obsessões são idéias ou imagens que vem à mente da pessoa repetidamente, de maneira insistente e independentemente de sua vontade. Os temas dessas idéias obsessivas podem ser extremamente variados, entretanto, em grande número de vezes dizem respeito à higiene, contaminação, transmissão de doenças, bactérias, vírus, organização de coisas, catástrofes, desastres, pecado, incertezas, etc. Embora a pessoa ache esses pensamentos incômodos e absurdos, não consegue evitar de pensá-los.

O estudo das obsessões se faz cada vez mais necessário no meio espírita, para que não hajam distorções que prejudiquem os pacientes que procuram o espiritismo quase sempre em desespero.


Diante das doenças nervosas e mentais, em franca expansão na atualidade, temos que diferenciar:

- Doenças nervosas e mentais de causa orgânica, pertencentes ao campo da Neurologia.

- As doenças nervosas e mentais de causa orgânica, pertencentes ao campo da Psiquiatria.

- As doenças nervosas e mentais sem causa orgânica.

No campo da Neurologia temos os fatores que atingem a estrutura do sistema nervoso, tais como as infecções, as formações tumorais, os acidentes vasculares, os traumatismos etc.

Ao campo da Psiquiatria, os distúrbios provocados por agentes agressores do sistema nervoso, verificados na uremia, nos focos infecciosos, nas intoxicações de várias naturezas, nas toxicomanias, no alcoolismo, nos distúrbios metabólicos etc.

Às doenças nervosas e mentais sem causa orgânica damos o nome genérico de obsessão, que podemos dividir em auto e hetero-obsessão*.
* Caracterizada pela ação persistente que um espírito desequilibrado exerce sobre o indivíduo. Apresenta caracteres muito diversos, desde a simples influência moral, sem perceptíveis sinais exteriores, até perturbação completa das faculdades mentais. Intimamente ligada à imperfeição moral, que facilita a ação do espírito, em geral, sequioso de vingança e cheio de ódio, devido a ação delituosa que sobre ele exerceu o paciente, no pretérito.

"Nós não somos seres humanos tendo uma experiência espiritual. Somos seres espirituais tendo uma experiência humana" 
(Teillard de Chardin)


 
                Clinicamente é difícil o diagnóstico diferencial entre auto e hetero-obsessão, mesmo porque a atuação do espírito do obsedado é sempre existente e continua mesmo após a cessação do processo obsessivo. A não ser que o médico ou o encarregado do atendimento ao paciente tenha mediunidade intuitiva ou vidência bem desenvolvida, mister se faz uma consulta ao plano espiritual, através de um médium de confiança. 
O dr. Inácio Ferreira, diretor do Sanatório Espírita de Uberaba, em sua obra Novos Rumos à Medicina, 1° volume, traz comovente dedicatória a Maria Modesto Cravo, a grande médium que o auxiliou durante vários anos, no diagnóstico e tratamento das obsessões.

O processo obsessivo, sendo sobretudo, processo hipnótico, não guarda estrita relação com a mediunidade. Sendo porém, esta mal orientada e em pessoas de maus costumes e de baixa moral, o campo de ação do obsessor se acha facilitado (KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns, cap. XXIII, item 243).

              Ocorre que, quando, por ação externa, o espirito é desligado de sua vítima, se vê coagido a permanecer pervagando no plano astral que, mutável como é , apresenta a cada entidade o aspecto condizente com sua evolução. Em se tratando, pois de entidades não evoluídas, a ambiência astral manifesta-se como a exteriorização da imaginação de cada um: região ainda inóspita, árida ("sem água"), cansativa porque sem postos fixos de referencia, já que é instável, onde o "espírito" não encontra repouso, porque sua desorganização mental faz que aí os sítios se modifiquem a cada alteração do pensamento. O repouso (ou paz) só poderia provir de seu próprio âmago, de seu coração: e justamente aí reside a insatisfação frustrada e a rebeldia inconformada, que se projetam no intelecto, o qual, ao pensar, plasma os ambientes pavorosos em seu redor.
                 Quando, porém, se vê desligado da vítima e aliviado das pressões fluídicas que o expulsaram daquele posto avançado da luta em que vivia empenhado, se sente descontrolado e confuso e tenta voltar. Ao chegar. novamente atraído pela sintonia vibratória - alguns obsidiados registram sensações desagradáveis pela ausência do peso do perseguidor a que estavam habituadas, e esse "vazio" faz que subconscientemente de novo o atraiam para junto de si - percebe que há dificuldade em influenciar a antiga vítima: a "casa" está "desocupada, varrida e arrumada". Significa isso que a personagem visada já se corrigiu de alguns defeitos colocou em ordem suas emoções, reequilibrando sua aura e se libertou das falsas imagens sugeridas pelo perseguidor espiritual. Talvez, até, tente injetar-lhe novos quadros astrais inferiores, sem encontrar ressonância: perdeu: a antiga ascendência.
Regressa, então, descorçoado, mas não desanima de seus objetivos. Consegue, nas rodas de entidades semelhantes a si, outros sete "piores que ele". 
               A decepção com a evolução de quem ele considera seu inimigo, faz nele crescer proporcionalmente a raiva e o desejo insano de derrubá-lo do ponto atingido, e não aceita obstáculos a seu ódio implacável. Ao lado dos sete novos "amigos", e já a eles subjugado porque devedor de um obséquio que será cobrado até o último centavo e mais os "juros" - embora eles só aceitem a empreitada quando vêem possibilidades de auferir boas vantagens de baixo teor - o ataque é renovado. E a condição última torna-se pior que a anterior.

Jesus termina prevendo e predizendo que assim aconteceria aquela geração má - ou melhor, "enferma" (ponerá) - que não está assimilando a profundidade de Seu ensino.


Há outra interpretação: após a "conversão" de uma criatura, do materialismo ou da descrença, à espiritualidade, verificamos que foi dela expulso um "espírito atrasado": o da dúvida. Mas logo depois, com a "casa vazia, limpa e arrumada", surgem outros sete espíritos piores, que são: a vaidade de ter alcançado aquela compreensão; o convencimento de sua capacidade pessoal em melhorar; o orgulho de haver galgado um passo a mais na evolução: a auto-satisfação da crença de que realmente é um eleito; a pretensa superioridade que o faz acreditar-se melhor que "os outros"; a arrogância que descaridosamente despreza os outros pecadores; e o pior de todos, a invigilância que se supõe infalível em suas opiniões, em seus julgamentos, em suras condenações.
Esses sete espíritos piores - muito piores - que o materialismo e a descrença, passam a morar naquele indivíduo, cujo estado se tornou muito mais grave do que antes. Huberto Rohden tem uma frase que descreve bem esse caso tão típico e, infelizmente, tão comum nos espiritualistas de qualquer religião. "Livre-me Deus de minhas virtudes, que de meus vícios eu me livrarei".
No entanto, a última frase profética de Jesus, relatada por Mateus, e que amplia o conceito do individuo para a coletividade, abre-nos o horizonte para uma terceira interpretação. Diz "e assim acontecerá a esta geração" 


Sob o ponto de vista global, podemos afirmar que as causas da obsessão se alicerçam em nossas imperfeições, quais sejam: vícios, paixões exacerbadas, perversões sexuais, crimes, ganância, apegos excessivos à pessoas e objetos, que nos colocam em estado de sintonia vibratória com os espíritos desencarnados em função da afinidade moral, estando então o Ser sujeito a reajustes e resgates específicos.
Na visão de Emmanuel e Scheila, apresentadas através das obras psicografadas por Francisco C. Xavier, as possíveis causas de obsessão são:
  1. a cabeça e mãos desocupadas;
  2. a palavra irreverente;
  3. a boca maledicente;
  4. a conversa inútil e fútil, prolongada;
  5. a atitude hipócrita;
  6. o gesto impaciente;
  7. a inclinação pessimista;
  8. a conduta agressiva;
  9. o apego demasiado a coisas e pessoas;
  10. o comodismo exagerado;
  11. a solidariedade ausente;
  12. tomar os outros por ingratos ou maus;
  13. considerar nosso trabalho excessivo;
  14. o desejo de apreço e reconhecimento;
  15. o impulso de exigir dos outros mais do que de nós mesmos;
  16. fugir para o álcool ou drogas estupefacientes.
Na análise do Livro dos Médiuns, feita por Ney Prieto Peres (Boletim MEDNESP n.º 2 – dezembro de 1992), são apontadas as seguintes causas de obsessão:
  1. vingança de espíritos contra pessoas que lhes fizeram sofrer nessa ou em vias anteriores;
  2. Desejo simples de fazer os outros sofrerem, por ódio, inveja, covardia;
  3. Para usufruir dos mesmos condicionamentos que tinham quando na vida física, induzem seus afins a cometê-los;
  4. Apegos às pessoas pelas quais nutriam grandes paixões quando em vida;
  5. Por interesses em destruir, desunir, dominar, provocar o mal, manter distúrbios, partindo de espíritos inteligentes das hostes inferiores.
Na avaliação de nosso mentor espiritual André Luiz (Evolução Em Dois Mundos, psicografado por Francisco C. Xavier, 11ª edição, 1989, pg. 130) caminhamos pelo universo “sentidos e reconhecidos pelos nossos afins, temidos e hostilizados ou amados e auxiliados pelos irmãos que caminham em posição inferior à nossa. Isto porque exteriorizamos, de maneira invariável, o reflexo de nós mesmos, nos contatos de pensamento a pensamento, sem necessidade das palavras para simpatias ou repulsões fundamentais.” O mesmo mentor, (Mecanismos da Mediunidade – Francisco C. Xavier – Waldo Vieira, 13ª edição, 1994, pg., 82-83) nos diz “É o pensamento contínuo fluxo energético, incessante, revestido de poder criador inimaginável, (...). A corrente mental, segundo anotamos, vitaliza particularmente todos os centros da alma e, consequentemente todos os núcleos endócrinos e junturas plexiformes da usina física, em cuja urdidura dispõe o Espírito de recursos para os serviços da emissão e recepção ou exteriorização dos próprios pensamentos e assimilação dos pensamentos alheios.”


“Cobrança que bate às portas da alma, é um processo bilateral. Faz-se presente porque existe de um lado o cobrador, sequioso de vingança, sentindo-se ferido e injustiçado, e de outro o devedor, trazendo impressas no seu perispírito as matrizes da ; culpa, do remorso ou do ódio que não se extinguiu”.

(SCHUBERT, Sueli Caldas. Obsessão, Desobsessão, pág. 31).




  NO PRÓXIMO POST VEREMOS OS TIPOS DE OBSESSÕES E SUAS VARIAÇÕES.


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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

SEJAM TODOS BEM VINDOS!

EM BREVE NOVAS POSTAGENS!

by Felipe d'Dan
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domingo, 15 de agosto de 2010

ORI - NUNCA SE ESQUEÇA: ORIXÁ COMEÇA COM ORI.


ORI


Uma das mais importantes divindades na compreensão das crenças yorubás é ori. Ori é o guia de cada um e de todos para o sucesso neste mundo e também no outro (céu-orun). Ori é o orixá supremo que somente se abaixa para olodumare(olorún).ÀJÀLÁ ORÍ, ORÍ L’EWÀ, L’EWÀ, L’EWÀ.


Quem é este ori?



Ori-isesé (cabeça – o designante), também ori-ooro (cabeça ao amanhecer) ori akoko (a primeira cabeça) ou simplesmente ori (cabeça),é este o primeiro e mais

Importante orixá no orun. E por causa de seu lugar primordial, ori-isheshé tem jurisdição sobre orí-inú, que é a cabeça pessoal ou divindade possuída por cada e todas as pessoas e orixás, porque também os orixás têm seu ori individual, ou ori inú.

O poder e autoridade que ori possui vêm da crença que ori-isheshé é o criador de todas as divindades, e sob as ordens de ori eles foram mandados as várias localidades aonde se tornaram respeitados. Na crença yorubá, ori é a residência de cada escolha de realização na forma em que lutam para alcançar seu destino. Algumas vezes é chamada de orí-inú ou cabeça interna ou destino. Há também um ori ode ou cabeça física, aonde ori inú reside. O contraponto de orí-inú no orún seria ori isheshé.

Devido as circunstancias de sua criação, todos os orixás tem de prestar homenagem a ori. Todas as cabeças feitas no culto ou devoto têm de tocar a terra com a testa como um ato de respeito ao primeiro ori. No nascimento (parto), a cabeça física ou ori ode vem primeiro, enquanto o resto do corpo a segue,o que aumenta mais sua relação com ori-inu,que também é o primeiro a ser criado e o único determinante do destino do homem na terra. Devido a isto, a cabeça física é tratada com muito respeito e propiciada como ori-inú, seu contraponto espiritual, resultando na primeira servir comumente como meio de comunicação com a outra.

O ori de uma pessoa é tão importante que deve ser propiciado freqüentemente e sua ajuda é necessária antes de iniciar qualquer ato e isto é feito através do eborí (bori).




ÀJÀLÁ ORÍ, ORÍ L’EWÀ, L’EWÀ, L’EWÀ.

OPÉ ÈNYIN EDÙMARÈ, WÁ ORÍ, E KÚ Ó.

OPÉ ÈNYIN EDÙMARÈ, WÁ ORÍ, E KÚ Ó.

E KÚ Ó ÒRUN, E KÚ Ó ÒSÙPÁ, E KÚ ÒJÒ, ÒJÒ BÒ ILÈ.

E KÚ Ó ÒRUN, E KÚ Ó ÒSÙPÁ, E KÚ ÒJÒ, ÒJÒ BÒ ILÈ.

IRÉ ORÍ Ó JÍ, Ó JÍ IRE ORÍ,

IRÉ ORÍ Ó JÍ, Ó JÍ IRE ORÍ.

Àjàlá que molda cabeças, deixe este Orì lindo, lindo, lindo.

Agradeço-te Deus, venha para esta Cabeça, eu te saúdo.

Eu saúdo o Sol, eu saúdo a Lua, eu saúdo a Chuva, Chuva que cai sobre a Terra.

Vc será uma Cabeça feliz, acorde feliz Orí.



ORI O ORI O

ORI MI O!

SE RERE FUN MI!

MEU ORI!

SE ALEGRE COMIGO!



Para termos idéia quanto a importância e precedência do ORI em relação aos demais ORISA, um Itan do ODU OTURA MEJI, ao contar a história de um ORI que se perdeu no caminho que o conduzia do ORUN para o AIYE, relata: “… OGUN chamou ORI e perguntou-lhe, “Você não sabe que você é o mais velho entre os ORISA? Que você é o líder dos ORISA?’…”. Sem receio podemos dizer, “ORI mi a ba bo ki a to bo ORISA”, ou seja, “Meu ORI, que tem que ser cultuado antes que o ORISA” e temos um oriki dedicado à ORI que nos fala que ” KO SI ORISA TI DA NIGBE LEYIN ORI ENI”, significando, “… Não existe um ORISA que apóie mais o homem do que o seu próprio ORI…”.

Quando encontramos uma pessoa que, apesar de enfrentar na vida uma série de dificuldades relacionadas a ações negativas ou maldade de outras pessoas, continua encontrando recursos internos, força interior extraordinária, que lhe permitam a sobrevivência e, inclusive, muitas vezes, mantém resultados adequados de realização na vida, podemos dizer, “ENIYAN KO FE KI ERU FI ASO, ORI ENI NI SO NI”, ou seja, “as pessoas não querem que você sobreviva, mas o seu ORI trabalha para você”, trazendo, essa expressão, um indicador muito importante de que um ORI resistente e forte é capaz de cuidar do homem e garantir-lhe a sobrevivência social e as relações com a vida, apesar das dificuldades que ele enfrente.

Esta é a razão pela qual o EBORÍ, forma de louvação e fortalecimento do ORI utilizada em nossa religião, é utilizado muitas vezes, precedendo ou, até, substituindo um EBO. Isso se faz para que a pessoa encontre recursos internos adequados, esta força interior de que falamos, seja à adequação ou ajustamento de suas condições frente às situações enfrentadas, seja quanto ao fortalecimento de suas reservas de energia e consequente integração com suas fontes de vitalidade.



É importante dizer que é o ORI que nos individualiza e, por conseqüência, nos diferencia dos demais habitantes do mundo. Essa diferenciação é de natureza interna e nada no plano das aparências físicas nos permite qualquer referencial de identificação dessas diferenças. . Sinalizando essa condição, talvez uma das maiores lições que possamos receber com respeito a ORI possa ser extraída do Itan ODU OSA MEJI, que reproduzimos a seguir e que é a resposta que foi dada por IFÁ para Mobowu, esposa de OGUN, quando ela foi lhe consultar:

“ORI BURUKU KI I WU TUULU.


A KI I DA ESE ASIWEREE MO LOJU-ONA.


A KI I M’ ORI OLOYE LAWUJO.


A DIA FUN MOBOWU TI I SE OBINRIN OGUN.


ORI TI O JOBA LOLA, ENIKAN O MO KI TOKO-TAYA O MO PE’RAA WON NI WERE MO.


ORI TI O JOBA LOLA, ENIKAN O MO.”

TRADUÇÃO

“Uma pessoa de mau ORI não nasce com a cabeça diferente das outras.


Ninguém consegue distinguir os passos do louco na rua.


Uma pessoa que é líder não é diferente E também é difícil de ser reconhecida.


É o que foi dito à Mobowu, esposa de OGUN, que foi consultar IFÁ.


Para os yorubá o ser humano é descrito como constituído dos seguintes elementos:


ARA, OJIJI, OKAN, EMI e ORI.



ARA é corpo físico, a casa ou templo dos demais componentes.

OJIJI é o “fantasma” humano, é a representação visível da essência espiritual.

OKAN é o coração físico, sede da inteligência, do pensamento e da ação.

EMI, está associado a respiração, é o sopro divino.


Quando um homem morre, diz-se que seu EMI partiu.

ORI é o ORISA pessoal, em toda a sua força e grandeza. ORI é o primeiro ORISA a ser louvado, representação particular da existência individualizada (a essência real do ser). É aquele que guia, acompanha e ajuda a pessoa desde antes do nascimento, durante toda vida e após a morte, referenciando sua caminhada e a assistindo no cumprimento de seu destino.

ORI em yorubá tem muitos significados – o sentido literal é cabeça física, símbolo da cabeça interior (ORI INU). Espiritualmente, a cabeça como o ponto mais alto (ou superior) do corpo humano representa o ORI.

Enquanto ORISA pessoal de cada ser humano, com certeza ele está mais interessado na realização e na felicidade de cada homem do que qualquer outro ORISA. Da mesma forma, mais do que qualquer um, ele conhece as necessidades de cada homem em sua caminhada pela vida e, nos acertos e desacertos de cada um, tem os recursos adequados e todos os indicadores que permitem a reorganização dos sistemas pessoais referentes a cada ser humano. Reforçando esta questão temos um oriki que nos diz



“ORI LO NDA ENI


ESI ONDAYE ORISA LO NPA ENI DA


O NPA ORISA DA


ORISA LO PA NIDA


BI ISU WON SUN


AYÉ MA PA TEMI DA


KI ORI MI MA SE ORI


KI ORI MI MA GBA ABODI”

TRADUÇÃO

“ORI é o criador de todas as coisas


ORI é que faz tudo acontecer, antes da vida começar


É ORISA que pode mudar o homem


Ninguém consegue mudar ORISA


ORISA que muda a vida do homem como inhame assado


AYÉ*, não mude o meu destino


Para que o meu ORI não deixe que as pessoas me desrespeitem


Que o meu ORI não me deixe ser desrespeitado por ninguém


Meu ORI, não aceite o mal.”

(* AYÉ – conjunto das forças do bem e do mal)



Como foi dito, não existe um ORISA que apóie mais o homem do que o seu próprio ORI: um trecho do adura (reza) feito durante o assentamento de um IGBA-ORI diz:

KORIKORI

Que com o àse do próprio ORI, O ORI vai sobreviver

KOROKORO



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quinta-feira, 24 de junho de 2010

Opanixé ô Kaô....Kaô Cabecile Xangô!!!



Xa = Raio, fogo, alma
Angô= Senhor, dirigente Xangô é o Orixá da Justiça e seu campo preferencial de atuação é a razão, despertando nos seres o senso de equilíbrio e eqüidade, já que só conscientizando e despertando para os reais valores da vida a evolução se processa num fluir contínuo.






São Jerônimo – Xângo Agodô = Rei daCachoeira, Senhor da Justiça, Rei das Pedreiras, dos Raios e Trovões edas Forças da Natureza.


São Pedro – Xângo Agajô = Protetor das Almas que entram no céu.

São João Batista – Xangô Kaô = Protetordos que sofrem injustiças, Senhor Chefe das Falanges do Oriente.(Ori=Cabeça) Rei da Cachoeira, Senhor da Justiça, Rei das Pedreiras,dos Raios e Trovões e das Forças da Natureza.

Xangô é um Orixá bastante popular no Brasil e às vezes confundido como um Orixá com especial ascendência sobre os demais, em termos hierárquicos. Essa confusão acontece por dois motivos: em primeiro lugar, Xangô é miticamente um rei, alguém que cuida da administração, do poder e, principalmente, da justiça - representa a autoridade constituída no panteão africano. Ao mesmo tempo, há no norte do Brasil diversos cultos que atendem pelo nome de Xangô. No Nordeste, mais especificamente em Pernambuco e Alagoas, a prática do candomblé recebeu o nome genérico de Xangô, talvez porque naquelas regiões existissem muitos filhos de Xangô entre os negros que vieram trazidos de África. Na mesma linha de uso impróprio, pode-se encontrar a expressão Xangô de Caboclo, que se refere obviamente ao que chamamos de Candomblé de Caboclo.


Xangô é pesado, íntegro, indivisível, irremovível; com tudo isso, é evidente que um certo autoritarismo faça parte da sua figura e das lendas sobre suas determinações e desígnios, coisa que não é questionada pela maior parte de seus filhos, quando inquiridos.


Suas decisões são sempre consideradas sábias, ponderadas, hábeis e corretas. Ele é o Orixá que decide sobre o bem e o mal. Ele é o Orixá do raio e do trovão.



Na África, se uma casa é atingida por um raio, o seu proprietário paga altas multas aos sacerdotes de Xangô, pois se considera que ele incorreu na cólera do Deus. Logo depois os sacerdotes vão revirar os escombros e cavar o solo em busca das pedras-de-raio formadas pelo relâmpago. Pois seu axé está concentrado genericamente nas pedras, mas, principalmente naquelas resultantes da destruição provocada pelos raios, sendo o Meteorito é seu axé máximo.



Xangô tem a fama de agir sempre com neutralidade (a não ser em contendas pessoais suas, presentes nas lendas referentes a seus envolvimentos amorosos e congêneres). Seu raio e eventual castigo são o resultado de um quase processo judicial, onde todos os prós e os contras foram pensados e pesados exaustivamente. Seu Axé, portanto está concentrado nas formações de rochas cristalinas, nos terrenos rochosos à flor da terra, nas pedreiras, nos maciços. Suas pedras são inteiras, duras de se quebrar, fixas e inabaláveis, como o próprio Orixá.

O símbolo do Axé de Xangô é uma espécie de machado estilizado com duas lâminas, o Oxé, que indica o poder de Xangô, corta em duas direções opostas. O administrador da justiça nunca poderia olhar apenas para um lado, defender os interesses de um mesmo ponto de vista sempre. Numa disputa, seu poder pode voltar-se contra qualquer um dos contendores, sendo essa a marca de independência e de totalidade de abrangência da justiça por ele aplicada. Assim como Zeus, é uma divindade ligada à força e à justiça, detendo poderes sobre os raios e trovões, demonstrando nas lendas a seu respeito, uma intensa atividade amorosa.


Outra informação especifica que esse Oxé parece ser a estilização de um personagem carregando o fogo sobre a cabeça; este fogo é, ao mesmo tempo, o duplo machado, e lembra, de certa forma a cerimônia chamada ajerê, na qual os iniciados de Xangô devem carregar na cabeça uma jarra cheia de furos, dentro da qual queima um fogo vivo, demonstrando através dessa prova, que o transe não é simulado.

Xangô portanto, já é adulto o suficiente para não se empolgar pelas paixões e pelos destemperos, mas vital e capaz o suficiente para não servir apenas como consultor.

Tudo que se refere a estudos, as demandas judiciais, ao direito, contratos, documentos trancados, pertencem a Xangô.

Xangô teria como seu ponto fraco, a sensualidade devastadora e o prazer, sendo apontado como uma figura vaidosa e de intensa atividade sexual em muitas lendas e cantigas, tendo três esposas.

Xangô também gera o poder da política. É monarca por natureza e chamado pelo termo obá, que significa Rei. No dia-a-dia encontramos Xangô nos fóruns, delegacias, ministérios políticos, lideranças sindicais, associações, movimentos políticos, nas campanhas e partidos políticos, enfim, em tudo que gera habilidade no trato das relações humanas ou nos governos, de um modo geral.

Xangô é a ideologia, a decisão, à vontade, a iniciativa. É a rigidez, organização, o trabalho, a discussão pela melhora, o progresso social e cultural, a voz do povo, o levante, à vontade de vencer. Também o sentido de realeza, a atitude imperial, monárquica. É o espírito nobre das pessoas, o chamado “sangue azul”, o poder de liderança. Para Xangô, a justiça está acima de tudo e, sem ela, nenhuma conquista vale a pena; o respeito pelo Rei é mais importante que o medo.

Xangô é um Orixá de fogo, filho de Oxalá com Iemanjá. Diz a lenda que ele foi rei de Oyó. Rei poderoso e orgulhoso e teve que enfrentar rivalidades e até brigar com seus irmãos para manter-se no poder.



Mito II - Xangô, filho de Obatalá, era um jovem rebelde e vez por outra saía pelo mundo botando fogo pela boca, queimando cidades e fazendo arruaça. Seu pai, Obatalá, era informado de seus atos, recebendo queixas de todas as partes da terra. Obatalá alegava que seu filho era como era por não haver sido criado junto dele, mas que, algum dia, conseguiria dominá-lo.
Certo dia, estando Xangô na casa de Obá, deixou seu cavalo branco amarrado junto à porta da casa. Obatalá e Odudua passaram por lá, viram o animal de Xangô, e o levaram com eles. Ao sair, Xangô percebeu o roubo e enfurecido saiu em busca do animal, perguntando aqui e acolá. Chegando a uma vila próxima dali, informaram-lhe que dois velhos estavam levando consigo seu animal, o que deixou Xangô ainda mais colérico. Xangô alcançou os dois velhos e ao tentar agredi-los percebeu que eram Obatalá e Odudua. Obatalá levantou seu opaxorô (cajado) e ordenou: “Sangò kunlé, foribalé”. Xangô desarmado atirou-se ao chão em total submissão à Obatalá.
Xangô tinha consigo seu colar de contas vermelhas, que Obatalá arrebentou e misturou a elas suas contas brancas dizendo: “Isto é para que toda a terra saiba que você é meu filho”.
Daquele dia em diante Xangô submeteu-se às ordens do velho rei.



HETEROMORFIA E SINCRETISMO




Xangô é identificado com São Jerônimo, o erudito doutor da Igreja latina e, excepcionalmente, com Santa Bárbara.



No cancomblé, usa saiote e calça, coroa de cobre, metal precioso em Iorubá, braceletes e colares de cauris ou búzios.



Xangô-Airá, velho e alquebrado, veste-se de branco com barras vermelhas. Não come aceite, pois tem pacto comOxalá. Identificado com SãoPedro. Forma cada vez mais rara noscandomblés.



Xangô de Ouro, um adolescente vestido decores variadas, é São João Menino. Não ‘desce’ mais, porque deixaram deser encontradas as ervas necessárias, nos ritos de iniciação, para a’entrada na cabeça’ desse orixá. Um Xangô banido pela destruiçãoecológica.



Xangô Ogodô dança com um ochê em cada mão e o próprio nome é referência ao machado duplo, pois ogodô significa’que corta dos dois lados’.



Em Recife cultuam dois Xangôs principais: Xangô-Velho, identificado com São Jerônimo, cuja festa é a 30 desetembro, e Xangô-Moço (Ani-Xangô), sincretizado com Saõ João e celebrado a 24 de junho.

Dos seus símbolos e insígnias, o machado duploou ‘muleta’ e o pilão são conservados no peji, de onde podem sair emdeterminados rituais. Jamais é retirado, no entanto, o’corisco’ ou itáou otá (pedra-do-raio), que permanece guardado num alguidar (oberá).Xangô é tão popular em Pernambuco, que o nome passou a designar terreiros e, ainda mais extensamente, todas as seitas afro-brasileiras.

Entre as várias formas de Xangô citam Xangô Dadá, em Porto Alegre identificado com São João Batista e que noseu dia, 24 de junho, não ‘baixa’ porque, com a queima de fogos que ofestejam, ele iria incendiar o mundo.


Na realidade, Dadá é o irmão mais velho deXangô, que abdicou em seu favor, quando de Oyá. Dadá dança coroado como adé-de-banhami ou corão de Dadá, um capacete vermelho, todo ornamentado de cauris e de cujas bordas pendem fios também cobertos debúzios.

Quando Dadá se manifesta num candomblé, logo baixo um Xangô,que tira o adé-de-banhami e coloca na própria cabeça. Após dançar algumtempo com essa coroa de Dadá, Xangô acaba por devolvê-la, num símbolo da restituição, após sete anos, do reino de Oyó, que estava em poder deXangô.

Xangô o Zeus iorubano é conhecido também(dependendo da nação) como : Xangô (nagôs), Sobô, Sogbo (jejes), Badé,Quevioçô (fanti-ashanti), Conucon (tapa), Abaçucá (agrôno), Zaze,Cambãranguange ou Kubuco (bantos). Ele foi marido de três iyabás queforam rios africanos: Oiá (Niger), Oxun e Obá. (segundo Pierre FatumbiVerger) – no livro Orixás.

Sua saudação – Kaô kabiecí! – significa ‘Venham ver o Rei!’


Xangô dança brandindo seu machado duplo e,quando o ritmo se acelera, faz o gesto de atirar pedras-do-raio imaginárias, tiradas do labá, uma bolsa decorada que ele leva atiracolo.

Numa festa de Xangô, por vezes, os que estão possuídos pelo Orixá ingerem pedaços de algodão embebidos emazeite-de-dendê, que se incendeia, proeza que presenciamos algumas vezes no terreiro do pai-de-santo Júlio Estaves, em Olinda,RJ (ContaPierre Verger, no livro citado). Esse algodão incandescente – o acará –serve para provar que o Orixá está presente e, portanto, não hásimulação.
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VEM AÍ.. Exú e Pombo-gira


     
No dia 27 de junho, às 13:30h o Babalorixá André d'Oxossi reunirá seus filhos de santos e juntamente com a comunidade para realizar mais uma vez um grande encontro no Centro Comunitário Pai Joaquim de Aruanda.
              Neste dia acontecerá a gira alta (Exú e Pombo-gira)... venha participar de mais um encontro.

Para melhor entendimento, vamos falar um pouco sobre essas entidades que vem para dar consultas e conversar um pouco com seus consulentes... para orientar, aliviar a dor do amor, paixão e resolver situações financeiras!



Temos que começar a mudar nossos conceitos de Exú e Pomba Gira. Vamos a partir de agora ver o Exú e a Pomba Gira como aquela polícia que guarda e toma conta das ruas obedecendo sempre uma hierarquia de comando, que é o Exú chefe do Terreiro, e acima dele os guias chefes da Casa. Podemos também ver os Exús como aqueles lixeiros alegres que passam pelas ruas recolhendo toda a “sujeira”. Vêm com brincadeiras e algazarras, mas fazem um trabalho enorme em benefício da sociedade, que diga-se de passagem é muito pouco reconhecido. E as Pomba-giras seriam as “margaridas” mulheres que trabalham também na limpeza de nossas ruas e nossa cidade, exercendo a sua profissão com presteza e determinação. Assim como devemos ter um conceito mais respeitoso do Exú, devemos também dedicar mais respeito aos trabalhos das Pombas Giras, deixando de encará-las como mulheres vulgares e da vida, que só vêm “para arranjar casamento” ou o que é pior, para desfazer casamentos... Isto é uma coisa absurda e vulgar... O trabalho da Pomba Gira é sério. É também um trabalho de descarrego, de limpeza, de união entre as pessoas. De abertura dos caminhos da vida, seja do ponto de vista material, mental ou espiritual.

Por isso devemos respeitar ao máximo o trabalho dos Exús, levando-os a sério e não os desrespeitando e nem os menosprezando.
 
Sabendo que a religião de Umbanda, segundo o Caboclo das Sete Encruzilhadas é “A manifestação do espírito para a prática da caridade”, qual a principal função desempenhada pelos Exús nos nossos Templos, Terreiros, Casas ou Centros?

Na Umbanda o Exú é uma Entidade (alma) que cuida da Segurança da casa e de seus médiuns. Todas as religiões tem entidades que cumprem esse papel. Um bom exemplo disso são as comunicações recebidas por Chico Xavier e Divaldo Franco mostram a existência desses espíritos trabalhando também no Plano Astral.
A reunião de Exú ou Gira de Exu tem como finalidade descarregar os médiuns e os consulentes. Unindo suas energias eles são capazes de entrar em contato e orientar mais facilmente com almas que ainda não encontraram um caminho. Estas almas vivem entre os encarnados, prejudicando-os, obsidiando-os e até mesmo trazendo-lhes um desequilíbrio tão grande que são considerados loucos. Para este trabalho eles necessitam muito de nosso equilíbrio e de nossa energia. Nosso equilíbrio é utilizado por eles no momento em que as entidades sofredoras se manifestarem com ódio, rancor, raiva, para que tenhamos bons pensamentos e sentirmos verdadeiro amor e harmonia para que desta maneira as desarmemos e não as deixemos tomar conta da situação e, quem sabe, até as persuadir a mudarem de caminho libertando-se assim do encarnado ao qual está ligada; nossa energia é utilizada em casos em que estas almas estão sofrendo com o desencarne, tristes, com dores, humilhadas, desorientadas, assim eles transformam as nossas energias em fluidos balsâmicos que as ajudam, em muito, na sua recuperação.
 
Muitas destas almas desorientadas não conseguem nem se aproximar dos Terreiros de Umbanda pois os Exús da Tronqueira ficam encarregados de fazerem uma triagem liberando a passagem apenas das almas que eles percebem já estarem prontas para o socorro, ou seja, prontas para seguirem um novo caminho longe do encarnado ao qual estava apegada.
Este trabalho de separação é feito por eles com muito empenho e seriedade e será muito melhor sucedido se o encarnado der continuidade ao mesmo, quando menos melhorando os seus pensamentos e se livrando da negatividade e do medo.
Os Exús são almas que riem, fazem troça, mas não brincam em serviço. Por este motivo, gostaríamos que os médiuns tivessem por eles o maior respeito e consideração, pois são eles são os nossos guardiões e da Gira, reponsabilizando-se pela limpeza dos fluidos ou energias mais pesadas. Cada pessoa que entra em uma casa de Umbanda traz consigo seu saco de lixo cheio (são seus pensamentos, suas raivas, suas desilusões...) e são os Exús os trabalhadores encarregados de juntarem todos estes sacos para descarregar, dando a cada um de nós a oportunidade de diminuirmos o nosso lixo e facilitando nossas próximas limpezas. Cada vitória nossa é para estas Almas trabalhadoras um passo no caminho do desenvolvimento.


A saudação aos Exus: A saudação ao Exú é LARÓYÈ = salve, que também quer dizer salve compadre, boa noite “moça”. Exú é MOJUBÁ - Moju (Viver a noite) Bá (armar emboscadas) ou seja “armar emboscadas vivendo a noite”. Mas na Umbanda o trabalho dos Exús é o de guardião. Assim ao cumprimenta-lo estamos dizendo: Salve aquele que vive à noite e que arma emboscadas. Assim estamos reconhecendo seu poder e ao mesmo tempo estamos pedindo “Àquele que vive a noite, que nos livre das emboscadas”.




Transcreveremos abaixo, parte da entrevista gravada com o Sr. Zélio Fernandino de Morais no dia 22 de outubro de 1970, que faz algumas referências aos Exus. Fita de Nº 50 da Biblioteca da Casa Branca de Oxalá. Gravação feita com a voz de Zélio de Moraes, quem anunciou a Umbanda:

Pergunta: Mas o Sr. não considera o Exú um espírito trabalhador como todos os outros Orixás?


Zélio: Depois de despertado, porque o Exú é um espírito admitido nas trevas, depois de despertado, que ele dá um passo no caminho da regeneração é fácil ele trabalhar em benefício dos outros. Assim eu acredito no trabalho do Exú.

(Nesta pergunta, quando o Sr. Zélio diz “depois de despertado, que ele dá um passo no caminho da regeneração é fácil ele trabalhar em benefício dos outros”, pode-se notar que estas almas pretendem um local melhor, pretendem uma posição melhor e para isto escolheram o trabalho da caridade nas casas de Umbanda.)

Pergunta: Não haverá casos em que outros Orixás vibrando em outras linhas não possam resolver de imediato alguns problemas de filhos e, não seria o Exú aí o mais indicado para resolver, por estar mais perto materialmente, por estar mais aceito nos trabalhos materiais?

Zélio: O nosso chefe, “o Caboclo das Sete Encruzilhadas” nos ensinou assim, isto faz 60 anos, que o Exú é um trabalhador. Como na polícia tem soldado, o chefe de polícia não prende, o delegado não prende, quem prende são os soldados, cumprem ordens dos maiorais, então o Exú é um espírito que se encosta na falange, que aproveita para fazer o bem, porque cada passo para o bem que eles fazem vai aumentando a sua luz, de maneira, que é despertado e vai trabalhar, que dizer, vai pegar, vai seduzir este espírito que está obsedando alguém, então este Exú vai evoluir. É assim que o Caboclo das Sete Encruzilhadas nos ensinava.

(Nesta pergunta, quando o Sr. Zélio diz “depois de despertado, que ele dá um passo no caminho da regeneração é fácil ele trabalhar em benefício dos outros”, pode-se notar que estas almas pretendem um local melhor, pretendem uma posição melhor e para isto escolheram o trabalho da caridade nas casas de Umbanda.)


Pergunta: De que modo o Exú é um auxiliar e não um empregado do Orixá ou vice-versa?

Zélio: Eu não digo empregado, mas é um espírito que tende a melhorar, então para ele melhorar ele vai fazer a caridade junto com as falanges, correndo em benefício daqueles que estão obsidiados, despertando e ajudando a despertar o espírito para afasta-lo do mal que ele estava fazendo, então ele se torna um auxiliar dos Orixás.

(Nestas duas perguntas ele deixa claro que os Exús são a polícia espiritual das casas de Umbanda e que trabalham ligados às falanges das Sete Linhas de Umbanda que trabalham nos Templos. Por este motivo é que a presidência da Casa Branca de Oxalá e a sua Chefia Espiritual selecionam os médiuns que vão fazer a Obrigação de Exú. É um cuidado e um respeito tanto com eles como com os médiuns).


Cada médium que passa por esta Obrigação vai colaborar com eles acrescentando energia e equilíbrio ao trabalho que eles executam. É por este motivo que tantas vezes é falado que devemos ter cuidado com nossos pensamentos e pedidos, pois eles são energias. Os Exús precisam das nossas energias positivas para que possam desempenhar melhor o seu trabalho.


Nota: Os médiuns que vão fazer a obrigação de Exú devem permanecer em estado de seriedade, afastando-se de bebidas, festas, que neste caso exercem uma atração para as almas desorientadas. A função da obrigação de Exú é basicamente para fazer com que o Exú assuma no campo a função principal de guardião do médium, desde que este se comporte a altura de sua amizade e respeito.

Bebidas: Gostam muito de bebidas voláteis e o aguardente está entre elas ao qual dão o nome de malafo ou marafo, conhaque, cerveja e outras bebidas fortes. As Pomba-giras gostam de anis e champanhe. Não há necessidade de o médium ingerir a bebida, pois a mesma pode ficar num copo e o Exú ou Pomba-gira trabalhar com a sua energia utilizando o conteúdo astral da bebida.







Comidas: Os Exús e Pomba Gira gostam de farofa, dendê, cebola, pimenta, limão, semente de mamona, e as Pombas Giras de enfeites e adornos, sem contar que gostam muito se suas oferendas enfeitadas com Rosas Vermelhas.



Para fechar esta primeira parte da matéria, esclareçamos outro mito: independe do sexo e da sexualidade do médium a incorporação de um Pombo-gira ou Exu. Isto quer dizer que um médium homem jamais terá sua sexualidade transmutada ou interferida porque incorpora uma Pombo-gira e a recíproca é verdadeira. Estas “lendas” em nada conferem com a realidade da pura espiritualidade e, pelo contrário, distorcem ainda mais a verdade dos fatos.


Para que possamos explicitar melhor o que acabamos de compreen­der, confira as matérias que seguem á esta, onde médium e entidade trabalham para o melhor, indistinta e imparcialmente.



COR: Vermelho, preto e dourado


METAL: Bronze e ouro

DIA DA SEMANA: Sexta-feira

PREDOMINÂNCIA: Amor, dinheiro, sexo, cassinos e prostíbulos.

 
Algumas Pombo-giras:
 
Cigana

Maria Mulambo da Porteira

 Maria Padilha rainha do cabaré

Maria Padilha Menina Cigana

Maria Padilha das Almas

 Maria Padilha da Encruzilhada

 Maria Padilha do Cruzeiro

Maria Rosa

Dona 7 saias

Pombajira Rainha

 Maria Molambo

 Rosa Caveira

 Rosa da Noite

Sete Encruzilhadas

do Cruzeiro

 da Calunga

 Mirongueira

 Maria Quitéria

Maria Mulambo da Estrada

Rainha das Rainhas

Pombo-gira Menina

Rainha Sete Encruzilhadas

Rainha do Cemitério

Magdalena Sofia

da Praia

 Dama da Noite

 Sete Calungas

 Maria Mulambo das Sete Catacumbas

Maria Mulambo da sete Encruzilhadas

 Fiqueira do Inferno

 Maria Mulambo da Porta do Cemitério

Maria Caveira do Cemitério

 Maria Mulambo da Lixeira

Maria Kitelja do cuzero da almas!












Para maior conhecimento sobre esta divindade, recomendam-se os livros:


BASTIDE, Roger. O candomblé da Bahia - rito nagô. SP: Companhia das Letras.

BENISTE, José. As águas de Oxalá. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil.

BENISTE, José. Orun-Aiye. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil.

VERGER, Pierre Fatumbi. Orixás. Salvador: Corrupio.
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domingo, 6 de junho de 2010

PRETO-VELHO - TODAS AS SEGUNDA-FEIRA

"... Vamos preparar o nosso espírito, a nossa mente, para nesse instante de Fé e de oração conseguirmos chegar até Deus. Vamos deixar que os nossos pensamentos estejam livres de todo mal, que se libertem do sofrimento e das dificuldades desta vida..."  E assim o babalorixá André d'Oxossi inicia mais um trabalho de preto-velho na segunda-feira.

Toda segunda-feira no Centro Espirita Comunitário Pai Joaquim de Aruanda os mediuns e assistencia tem o privilegio de poder compartilhar momento de caridade, amor, fraternidade e compaixão dos pretos-velhos e suas falanges.






E assim são os Pretos-Velhos da Umbanda. Eles representam a força, a resignação, a sabedoria, o amor e a caridade. São um ponto de referência para todos aqueles que necessitam: curam, ensinam, educam pessoas e espíritos sem luz.


Eles representam a humildade, não têm raiva ou ódio pelas humilhações, atrocidades e torturas a que foram submetidos no passado.

Com seus cachimbos, fala pousada, tranqüilidade nos gestos, eles escutam e ajudam àqueles que necessitam, independentes de sua cor, idade, sexo e de religião.

Não se pode dizer que em sua totalidade que esses espíritos são diretamente os mesmos pretos-velhos da escravidão. Pois, no processo cíclico da reencarnação passaram por muitas vidas anteriores foram: negros escravos, filósofos, médicos, ricos, pobres, iluminados, e outros. Mas, para ajudar aqueles que necessitam escolheram ou foram escolhidos para voltar a terra em forma incorporada de preto-velho. Outros, nem pretos-velhos foram, mas escolheram como missão voltar nessa pseudo forma.

O espírito que evoluiu tem a capacidade de se por como qualquer forma passada, pois ele é energia viva e conduzente de luz, a forma é apenas uma conseqüência do que eles tenham que fazer na terra. Esses espíritos podem se apresentar, por exemplo, em lugares como um médico e em outros como um preto-velho ou até mesmo um caboclo ou exu. Tudo isso vai de acordo com o seu trabalho, sua missão. Não é uma forma de enganar ou má fé com relação àqueles que acreditam, muito pelo contrário, quando se conversa sinceramente, eles mesmos nos dizem quem são, caso tenham autorização.

Por isso, se você for falar com um preto-velho, tenha humildade e saiba escutar, não queira milagres ou que ele resolva seus problemas, como em um passe de mágica, entenda que qualquer solução tem o princípio dentro de você mesmo, tenha fé, acredite em você, tenha amor a Deus e a você mesmo.

Para muitos os pretos-velhos são conselheiros mostrando a vida e seus caminhos; para outros, são pisicólogos, amigos, confidentes, mentores espirituais; para outros, são os exorcistas que lutam com suas mirongas, banhos de ervas, pontos de fogo, pontos riscados e outros, apoiados pelos exus de lei (exus de luz) desfazendo trabalhos e contra as forças negativas (o mal), espíritos obscessores e contra os exus pagãos (sem luz que trabalham na corrente negativa que levam os homens ao lado negativo e a destruição).







 
 
 
Na casa de Pai Joaquim de Aruanda os trabalhos começam às 19h, em QNM 08 conjunto K casa 12 - Ceilândia Norte - DF.
Não use roupas pretas durante sua presença nos trabalhos espirituais.
          Evite vir com roupas pretas!
 
“Senhor, Nosso Pai, que sois o Poder, a Bondade, a Misericórdia, olhai por aqueles que acreditam em Vós e esperam por vossa bondade, poder e misericórdia. Dá Pai, aos que vacilam ao Vosso Poder, na Vossa Misericórdia e Bondade, a clareza de pensamento e abri-lhes, Senhor, os olhos para que pratiquem sempre o bem, a caridade para com os outros dentro da humildade de Vossa Sabedoria, reconhecendo assim a Vossa Existência, Poder e Misericórdia, bem assim, o Vosso Reino. Senhor, perdoa aqueles que a escuridão ainda não deixou ver os erros cometidos na sua passagem terrena. Dá, Senhor, a eles que sofrem a luz de Seu imenso Amor e da Sua Sabedoria. Que a sua luz nos ilumine neste mundo e em outros que ainda desconhecemos, e em todos os lugares por onde passarmos nos proteja. Oh ! Meu Pai Santíssimo !! A nós pecadores, aceita o nosso arrependimento dos erros que temos cometido. Pai, pela sua sagrada bondade e paixão, consenti que caminhe até vós pelo caminho da perfeição. Dá Senhor, orientação perfeita no caminho da virtude, único caminho pelo qual devemos trilhar. Misericórdia aos nossos inimigos. Perdão a todos os nossos erros, e que Vossa Bondade não nos falte hoje e sempre...




SALVE DEUS!
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